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Palmeiras nega má fase dos goleiros
por
iG Esporte
Publicada em 27/03/2013 18:57:12
O Palmeiras sempre foi famoso por sua escola de formação de goleiros. Mas, desde a saída de Marcos, nenhum arqueiro da base conseguiu ainda se firmar na posição. Resultado: o clube mudou de tática e contratou Fernando Prass do Vasco. O titular, no entanto, ainda luta para convencer.
Apesar de algumas boas atuações, como no empate do último domingo contra o Santos, Prass falhou em pelo menos duas ocasiões: diante de Mogi Mirim e São Caetano. Parte da torcida já começa a pegar no pé do camisa 25, mas ele disse ser normal a cobrança.
“Eu quero que alguém aponte um goleiro que ainda não falhou nesse ano. Isso é normal. Como atacante perde gol, o goleiro falha. O importante é manter uma regularidade”, falou o goleiro ao iG Esporte .
Na visão do lendário Valdir Joaquim de Moraes, um dos maiores goleiros da história palmeirense e treinador de nomes como Emerson Leão, Gilmar, Zetti, Dida e Marcos, a chegada de Prass não indica uma má fase na Academia. O problema, segundo ele, está na grande responsabilidade de substituir o titular da seleção brasileira na conquista do penta em 2002.
“Má fase, não. O Palmeiras sempre teve como ponto forte seu treinamento de goleiros. Mas eu sempre falava para o Marcos que quando ele parasse ia ser difícil alguém superá-lo. Não é que os outros sejam fracos”, disse Moraes.
Agora parte da escola palmeirense, Prass afirmou que encarou sua contratação como um elogio. De acordo com ele, “é sinal de que você tem qualidade”. O camisa 25, porém, negou que o fantasma de Marcos atrapalhe.
“Mesmo que não fosse o Marcos [a referência], a pressão de jogar aqui é muito grande, independentemente de quem esteve antes ou quem vai jogar depois. Daqui a 20 ou 30 anos vai ser assim. O Marcos quando entrou também tinha uma pressão muito grande”, explicou Prass.
“Pressão é do clube, não de um jogador ou outro que passou por aqui. E eu acho que o bom de jogar em time grande e o que faz um jogador ser de time grande é lidar bem com a pressão. Porque a cobrança é diária”, completou o goleiro.
O elenco alviverde conta ainda com Bruno, Raphael Alemão e Fábio, todos formados na Academia. Na visão de Moraes, todos eles têm condições de defender o Palmeiras.
“Quando contrataram o Prass eu já não era mais do clube, não sei como é que estava lá. Mas acredito que esses goleiros possam se destacar. Eles têm categoria. Talvez não tenham a do Marcos”, falou o veterano de 81 anos.
Evelton Isoppo, o Palha, treinador de goleiros da equipe do Palestra Itália desde setembro de 2012, explicou que o ex-vascaíno foi contratado não por insuficiência técnica dos outros arqueiros, mas devido ao excesso de campeonatos do time nesta temporada. E que, apesar de falhas recentes, está satisfeito com o desempenho do atual titular.
“Pelo fato de haver quatro competições, a gente viu a necessidade de contratar outro goleiro. A comissão está satisfeita. Todo goleiro vai errar, só fazer um levantamento, pegar os gols da rodada. O que não pode é pegar tudo num jogo e em outro errar, fazer sete boas defesas e depois falhar”, afirmou o preparador.
Ainda de acordo com Palha, bons talentos estão surgindo na base palmeirense e é questão de pouco tempo para um deles despontar.
“O Bruno fez comigo 15 jogos e foi bem. Só que tinha necessidade de outro goleiro. É importante que o goleiro que vai jogar pelo Palmeiras tenha personalidade, sabendo que a torcida apoia e também cobra. Mas aguardem, deem uns dois, três anos, que virão bons goleiros. Não tenho dúvidas disso”, encerrou Palha.
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